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Boca de Urna

Olá (e)leitores,

Hoje meu tema é o mais óbvio possível. Eleições. Tendo em vista o resultado nem um pouco favorável (porém, totalmente previsível) do primeiro turno, venho aqui deixar meu ponto de vista a respeito desse resultado, e do segundo turno que se segue.

Em primeiro lugar, não acho que nenhum dos dois candidatos que aí estão vale os preciosos minutos que eu perco com eles. Os dois bons candidatos que eu achava que poderiam governar de maneira digna pararam no primeiro turno. Gostaria de alertar para a votação completamente inexpressiva de ambos, principalmente para o fato de os votos nulos os ter superado. Eu sinceramente não creio que todo aquele volume de votos anulados venha de anarquistas, revolucionários extremistas e similares. Interpreto o volume de votos anulados semana passada como desinformação, ou medo. Qual a origem deles? Posso lhes poupar da resposta, já sabem minha opinião a respeito.

Porém, não podemos também nivelar os restantes. Ambos os governos já mostraram grande subordinação ao capital, cada um a seu jeito, mas é inegável que a política “entreguista” (como diziam nos anos 50/60), de privatizações é muito mais prejudicial do que a mercantilização do ensino e a política monetária que vêm sendo praticados (até porque, esses dois seriam praticados de qualquer maneira, até pior). Por isso, gostaria também de expressar minha revolta perante a esquerda brasileira que, se dizendo única opção de esquerda, cruza os braços e apenas assiste velhas figuras da política nacional se estapearem por meia dúzia (de milhões) de votos. Retomo a crítica que fiz há alguns meses e repito: falta Maquiavel (Sun-Tzu, pra quem preferir), para perceberem que a melhor derrota é melhor que a pior vitória. Falta História, pois estamos hoje caminhando para o mesmo erro (não em proporções, pela graça de deus) da Alemanha da década de 30, que viu um certo partidinho nacional-socialista eleger Hitler se aproveitando do racha no seio da esquerda alemã.

Como eu disse, não podemos nivelar os candidatos restantes. O melhor deles é ruim, mas está ainda longe de ser igualado pelo outro. Peço que tomem cuidado ao diferenciar os dois. Peço que analisem a história por trás dos mesmos. Não dos candidatos (eles não vão mandar nada mesmo), mas das pessoas próximas à candidatura e dos partidos envolvidos.

Em suma, essas eleições foram perdidas. Passa-se mais uma página da história brasileira com decepção acumulada. Afinal, a eleição de 2010 também será (afinal, pra um sujeito que se elege governador do segundo maior colégio eleitoral do país com 80% dos votos não se eleger presidente muita coisa tem que mudar), provavelmente 2014 também (maldita reeleição). Com esse segundo turno, a situação tende a se complicar exponencialmente. Por isso clamo pela conscientização do eleitorado. Como não podemos votar nos melhores, votemos, por favor, nos melhores disponíveis. Faz sim diferença, e muita.

Agradeço pela atenção e pelo espaço,
Peço desculpas por qualquer erro grosseiro,

Pedro Salgado

PS: Também gostaria de dizer que estou de luto pelo Estado do Rio de Janeiro, que deve eleger Sérgio Cabral no segundo turno. Por Deus!!! Urna não é privada!!!

Cacete, ninguém comentou aqui !? E cadê o texto do Rafael !? Essas eleições foram complicadas mesmo, olhar pra frenter pode ser mais triste ainda ...

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