sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Brasil: um país bem informado

A cada dia que passa me impressiono mais com o quanto o povo brasileiro é bem informado. Há quem diga o contrário, que os brasileiros são alienados, que não sabem nem o que acontece em seu país e seu em mundo, mas é pura bobagem; no Brasil, todo mundo sabe tudo o que acontece!

Tome por exemplo o já famoso caso do reitor da Universidade de Brasília. Eu acabei de citar o acontecido e nem preciso explicar do que se trata. Você (e todo mundo) sabe. Quer mais do mesmo? Caso Lalau, caso dos bingos, sanguessugas, valérioduto, mensalão, dólares na cueca, caso Renan Calheiros, etc, etc, etc..

Onde já se viu? Um país aonde as pessoas saibam tanto sobre tudo que ainda sobre espaço na memória pra saber sobre o Big Brother, saber quem ganhou o campeonato brasileiro do último ano, saber tudo sobre a Adriane Galisteu, saber dançar o "Créu", entre outras informações preciosíssimas que só os brasileiros detém.

Não há um dia sequer que eu saia na rua e não escute especialistas super-informados: "- Você viu? O reitor de Brasília comprou lixeiras de R$ 900,00 para seu apartamento. Isso é um absurdo!"; "- Ficou sabendo? Mais um deputado foi cassado por causa do mensalão." Todo mundo sabe, todo mundo se revolta, todo mundo reclama, xinga, esbraveja. Mas ninguém faz nada. Ninguém move uma simples palha pra mudar a situação.

No Brasil não falta informação. Todos sabem quem é pilantra, quem rouba dinheiro público, e quem age contra a lei. O que falta por aqui é ação. Minto, o que falta por aqui é coragem. Coragem pra agir, pra ir lá e fazer o filho da p--- que gastou mais de 400 mil reais públicos na reforma de seu apartamento devolver cada centavo, queira ou não.

O fato é que nosso país não é um país de machos. Como diria Khaled Hosseini, só existem três países de machos no mundo hoje em dia: Estados Unidos, Inglaterra e Israel. Absurdos assim não acontecem nesses países. Até porque se acontecessem cabeças rolariam. O resto dos países são países de moças, povos sem iniciativa.

Freud talvez explique o caso brasileiro: talvez tanto trauma com a violência no país explique nosso medo de agir, de lutar com as armas necessárias pelos nossos direitos. Dane-se Freud, ele que vá explicar coisas na Áustria. Isso aqui é Brasil e o Brasil precisa de um enorme e redondo BASTA!

Pronto, estravazei minha raiva. E fiquem sabendo que não quero ler mais nenhum texto dizendo que o povo brasileiro não sabe de nada. A não ser que, no caso, "nada" queria dizer português, matemática, história, geografia, etc. Aí é outro caso...

sábado, fevereiro 02, 2008

CALOURO... BURRO!!!

E ae galera, estive meio totalmente ausente nas últimas dezenas de semanas, e por isso venho aqui humildemente me desculpar dos integrantes, mesmo esperando que eles realmente entendam que a minha jornada diária não vem sendo nada fácil, assim como a deles também não deve estar sendo.

Quanto ao texto, ele foi escrito a mais ou menos 10 meses atrás, porém por problemas técnicos, não foi possível que ele fosse postado anteriormente. Mas acho que ele ainda não está tão obsoleto a ponto de ser ignorado. Para que não fosse algo tão esquecido, enquanto eu relia o texto, fui atualizando a narrativa como se eu tivesse realmente escrito nesses últimos momentos, porém isso não é verdade como pode nos comprovar nosso querido amigo Pedro Salgado, que já leu o texto ano passado e deixou uma série de críticas. Porém, a intenção é fazer o pau quebrar, então... Quebrem o pau!!!


CALOURO... BURRO!!!

Eu, que estou indo para o meu terceiro ano de faculdade, ainda me deparo com uma cena constante nessa época do ano: cidadãos que acabaram de ingressar na faculdade.
Não sei se em todas as faculdades, e descobri conversando com outras pessoas que não é em todo lugar, mas pelo menos aqui em Viçosa é assim, eu ouço constantemente o chamando de: ‘Calouro... Burro!!!’, aliás, drama esse que só termina quando novos calouros entram, no processo seletivo do próximo ano.
Claro e evidente, como diria uma figura conhecida entre os alunos que estudaram o terceiro ano no COC em Patos de Minas, que é um ‘apelido’ um tanto quanto ‘constrangedor’, atingindo assim o objetivo de fazer o calouro passar por poucas e boas.
Mas agora, com dois anos de faculdade, percebo certas coisas que não tinha idéia que aconteceria quando entrei há um ano atrás. De fato, o calouro é mesmo burro, não diria burro, mas um tanto quanto ignorante a certas coisas que está para enfrentar e que não tem conhecimento.
Quando se entra numa faculdade, principalmente uma federal, que é o meu caso e de grande parte dos integrantes da parede, tem-se a idéia de uma realidade bem diferente do que a verdadeira. Pelo menos eu, quando entrei, não imaginava a quantidade de professores que podem ser considerados inúteis dentro da universidade, não querendo menosprezar ninguém.
O mundo globalizado como é, atualiza seus conceitos a toda hora. Pode-se dizer que existem cursos, principalmente da área de humanas, que metade do conteúdo aprendido durante o período de faculdade vai se tornar obsoleto depois que o indivíduo se formar. Claro que existem coisas como cálculo, física e química, que não se inovam tanto, apenas complementa-se com o passar do tempo, e assim mesmo é pouco.
Se você procurar dentre seus professores de graduação, poucos irão considerar-se neofreudianos ou neomarxistas ou neoliberalistas ou ‘neo’ qualquer coisa, ‘neo’ que quer dizer que é novo, ou seja, são poucos os professores que tem o uma preocupação com o novo conhecimento. Estudar grandes gênios como Marx, Maquiavel, Platão, Sócrates, etc. com certeza é muito bom, ver seus escritos milhões de vezes inteligentes, mas ninguém tem a preocupação de saber, caso eles estivessem aqui, o que eles iriam escrever? A mesma coisa? Talvez. A verdade é que, apesar de serem figuras fantásticas, não podemos nos ater a eles, por mais que seus textos se encaixem na sociedade atual. Temos que procurar coisas novas. As coisas mais bem pagas no mundo hoje em dia, são idéias e aplicações otimizadas de idéias existentes.
Provavelmente, o calouro acha, assim como eu achava, que para um professor dar aula em uma universidade de nível federal, ele é ‘O CARA!’. Porém acho ainda que deveríamos dar valor aos professores que procuram ao máximo estarem atualizados com o dia a dia, que não procurem dar a mesma aula para dezenas de turmas diferentes em diversos períodos diferentes, sabemos até que existem professores que ensinam praticamente a mesma coisa que aprenderam na época de faculdade deles. INOVAÇÃO, esse é o diferencial do bom profissional hoje em dia.
Claro que o objetivo de tal apelido não é esse, mas até que se analisado de forma clara, ele não é tão errado assim!
Entendam como quiser, pelo menos eu aqui em Viçosa vou continuar com a tradição: CALOURO...BURRO!!!


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