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O Supercidadão e as Ciências Sociais

Olá pessoas!

Aproveitando meu recente ímpeto escritor, venho trazer-lhes um lampejo que tive sábado passado.

Assim como todos aqui, concordo que a democracia brasileira carece de participação popular. Como alguns aqui, sei que isso se deve ao processo histórico de formação política da sociedade brasileira, à toda peculiar consolidação de nossa democracia. Logo, sei que a reação normal quando vemos alguem que cumpre devidamente seu papel de cidadão seja a de um reconforto, algo que reavive a esperança.

Mas nem sempre é assim. Tem gente por aí que usa isso para se promover. Pessoas que fazem tudo o que devem fazer no intuito de jogar a culpa nos outros. Afinal, se eles fazem a parte deles, e as coisas ainda estão erradas, é porque os outros não são tão engajados quanto eles. Ou seja, o país está essa porcaria porque as pessoas (os mais intelectualizados preferem dizer "o povo") são individualistas, cada um só pensa em si, etc.

O legal é quando eles começam a falar de corrupção. Me intriga como essas pessoas que se preocupam tanto com o bem-comum e são verdadeiras paladinas da justiça em meio a uma sociedade num processo acelerado de autodestruição fazem tão pouco a respeito da corrupção nas esferas mais elevadas da política (que são os alvos mais comuns da mídia). Me irrita o fato de todas elas tratarem problema tão profundo de maneira tão leviana e taxativa. Como se fosse apenas "separar o joio do trigo".

Na verdade, todo o meu desconforto frente à suposta arrogância desses "Supercidadãos" envolve uma questão maior que diz respeito à desvalorização do estudo das Ciências Sociais (principalmente a Sociologia e a Ciência Política) por se tratar de um objeto que, diferente de outras ciências, não se encontra separado de nossa vida mundana. Pelo contrário, É nossa vida mundana. O sociólogo ou o cientista político não são cientistas que entendem de algo que o homem comum desconhece, estão mais para malucos que acham que podem dizer aos outros como agir.

Isso dá ao cidadão comum a impressão de que esse conhecimento não é uma ciência, mas uma opinião como qualquer outra. Assim como a sua própria. Por isso normalmente não se tem o mesmo cuidado ao debater a corrupção quanto quando se discute se os vírus constituem ou não um sexto reino de seres vivos.

E é isso.

Desculpem se escrevi muito.

Não interessa as circunstâncias históricas formadoras dessa porcaria que nos tornamos. O que importa é sabermos pra onde vamos e a partir daí traçar planos objetivos, racionais com os conhecimentos das ciências sociais. O resto é falácia, relativização, putaria, pedagogização. E quem não gostou, V...

Claro que interessa, é importante sim levar em conta nossos processos históricos, ter consciencia de nossa condição e criar maneiras de solucionar os problemas sem cometer "erros" que já aconteceram. O que tenho aprendido [espero pelo menos] é que não cabe ao sociologo dizer o que fazer e sim apontar caminhos para tal. Agora fazer o que se o povo acha que é apenas uma opinião? Fazer o q se tem tantos sociologos aí fazendo o que não cabe a eles? É meu amigo de repente qnd a gente [como cientistas sociais]deixar dessa mania de querer sanar todos os problemas do mundo e parar com esses meros discursos de igualdade, abstrações, conhecimentos que tormam formas autonomas com um fim em si mesmo, talvel assim, as coisa caminhem melhor. O resto como diz francisco é putaria, falácia, relativização... "E quem não gostou, V..."

As ciencias sociais pretendem se firmar como discursos verdadeiros assim como as outras ciencias. Nao é privilegio das ciencias sociais obscurecer os discursos para que isso fique distante daqueles q nao partilham certo conhecimento.
O caminho é o da particularizacao e segmentacao das disciplinas como se uma coisa fosse mais humana q outra.
Capitao planeta tem em toda esquina. Biologo, sociologo...
A macacada ate hoje aprendeu mesmo com a historia? Deixamos mesmo de repetir as cagadas? Cidadaos do bem, democratas, pais de familia e respeitadores dos bons costumes...quanto maniqueismo!
A prova de que nao é sempre que aprendemos com os fatos do passado ou presente é a constante cristalizacao do q um dia era libertario e hoje cheira a mofo: Ideologias, novas propostas metodologicas, etc.
A abstencao à informacao e o alargamento nas analises do dia a dia para continuarmos a mastigacao do mesmo bolo alimentar de seculos.

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