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Nada de novo.

Não tenho nada de novo para escrever hoje. Poderia falar sobre a cratera em São Paulo, ou do camarada que venceu as eleições no Equador. São as únicas notícias em qualquer jornal. Sobre a cratera, eu não sei quase nada. Sei que abriu um buraco numa obra de metrô, e que enquanto os homens da superfície buscam culpados, almas agonizam em baixo de toneladas de terra, na busca pela libertação final.Sobre o cara que ganhou a eleição no Equador, tudo que sei é que ele é mais uma esperança na transição socialista latino-americana. Mas não é sobre isso que quero escrever. Gostaria de escrever sobre uma bela moça numa tarde cinzenta, que colore sua face ao ler esta peça de merda(piece of shit, sempre quis fazer isso). Talvez asssim ela deixasse de ser tal peça. Ou sobre um grupo de almigos, que com certeza, em algum lugar do mundo nessa mesma hora, estão reunidos num quarto enfumaçado se extasiando com algum disco do velho Floyd. Ou quem sabe sobre mim mesmo, sentado na frente de um computador, escrevendo e ouvindo Tanto Mar, do inquestionável Chico. Nada de novo. Nada, de novo. Mas alguém podia pelo menos se lembrar das almas agonizantes embaixo do inferno.

"Canta primavera pá / cá estou carente / Manda novamente algum cheirinho de alecrim!!"

O texto é muito melancólico para ter sido escrito ao som de "Tanto Mar". Tal contraste me atordoa.

é, talvez seja..mas eu acho tanto mar um tanto melancólica..o problema é que eu nem me lembro de ter escrito esse texto...

vc tava com o zagueiro quando escreveu?

"e que enquanto os homens da superfície buscam culpados, almas agonizam em baixo de toneladas de terra, na busca pela libertação final"

foi uma das coisas mais belas que já ouvi...

rafael,

eu diria que o zagueiro é, para muitos, uma entidade mística onipresente... para esses, nada está livre da influência do zagueiro...

agora, se o bom carlos é um desses, não cabe a mim dizer...

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