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Escrevo enquanto o Brasil joga na televisão. Escrever não tem sido fácil. Assunto já não flui mais em meu cérebro. Já não sinto minhas pernas. Só vejo as letras se sucedendo na minha frente e formando palavras. Sim, eu estou confortavelmente entorpecido.
Minha cabeça pesa, já não tenho mais o que dizer, um leve formigamento percorre meu corpo. Minhas mãos estão livres, dispostas a escrever o que meu cérebro mandar. Parece que os neurônios trabalham lentamente, no ritmo da música que escuto. Gol do Brasil. Só escuto. Parece que não sinto nenhuma satisfação ao ouvir isso. Talvez nunca tenha sentido.
Faz Sol em Ouro Preto. Grande milagre. Há três dias minhas roupas não secam no varal da minha casa. A vista que tenho da janela do meu quarto me incita a escrever muita coisa. Saudade. Saudade dos amores que tive. Dos que nunca tive. Dos que perdi. Saudade dos meus irmãos. Dos meus amigos, muitos deles outros irmãos. Saudade dos meus discos. Da vida fácil que levava em casa. Outro gol do Brasil. Já não sinto nada. Anestesia geral. Me sinto bem. Uma nuvem de cores invade minha cabeça. Preciso ir. Já não tenho nada a dizer. Talvez um dia eu sinta que há algo mais que não foi dito. Mas o que não foi dito, nem sempre precisa ser ouvido.

Isso sim é um bom texto! Muito bom mesmo!

ps: o que vc usou antes de escrevê-lo?

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

ao menos, saber que convivi com um gênio me faz me sentir melhor

Ainda mais ele que convivei com o EUgênio !!!

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